terça-feira, 10 de maio de 2011

WEB 2.0, E-LEARNING 2.0, EAD 2.0: PARA ONDE CAMINHA A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA?

Crescimento contínuo da Educação a Distância
Em 2006, o Brasil teve cerca de 2.279.000 pessoas matriculadas em cursos a 
distância de diversas naturezas. A análise de alunos credenciados indica um 
crescimento de 54% em relação ao ano anterior. Considerando apenas os 
cursos de graduação e pós-graduação, observou-se um aumento de 91%. Os 
sucessivos aumentos de procura e oferta evidenciam que a EaD fincou raízes e 
chegou para ficar. A mídia mais utilizada em cursos a distância continua sendo 
o material impresso (86%). O assim chamado “e-learning” ocupa o segundo 
lugar, com 56%. Apesar da predominância da mídia “convencional”, a 
tendência é o uso cada vez maior da internet na EaD. Na medida em que 
aumenta continuamente o número de pessoas e domicílios com acesso à rede 
mundial de computadores, a internet vai praticamente se impondo na EaD. 
Também aqui não é exagero dizer: a internet chegou para ficar. Sem dúvida 
alguma, a internet é o ponto de partida para a “Busca de Novos Domínios e 
Novos Públicos”, que constitui o tema do 13º Congresso Internacional ABED de 
Educação a Distância. Neste contexto é impossível deixar de refletir sobre as 
implicações da web 2.0.  2
O que é web 2.0 
O termo “web 2.0” começou a ganhar destaque com a primeira conferência 
sobre web 2.0 em 2004 e a partir de um artigo de Tim O’Reilly, publicado em 
2005. Neste artigo, O’Reilly apresenta possibilidades e competências centrais 
de empreendimentos baseados na web 2.0. Desde lá, o termo é amplamente 
comentado e discutido, mas as definições e delimitações nem sempre são 
consensuais. Apesar disso, parece haver concordância de que se trata de 
desenvolvimentos tecnológicos e sociais que levam a uma nova atitude diante 
da internet. O acento não está na tecnologia, mas na nova forma de utilização 
da internet. Web 2.0 é caracterizada pela intensificação da participação e do 
efeito-rede. Fala-se em usuários mais ativos e em utilização da inteligência 
coletiva. Criação, utilização e remixagem de conteúdos tornam-se atividades 
simples e corriqueiras. Em suma: os usuários passam de meros consumidores 
a produtores. A web 2.0 também é plataforma que reúne dispositivos e serviços 
variados. Em outras palavras, é a internet ubíqua: pode ser acessada de 
diferentes dispositivos, praticamente em qualquer lugar. Críticos lembram que a 
idéia de participação e colaboração em rede já estava presente desde os 
primórdios da internet e que muitas tecnologias atribuídas à web 2.0 já eram 
anteriores a esta discussão. Todavia não há como negar que a produção de 
conteúdos e a interação eram limitadas pela necessidade de conhecimentos de 
programação e que há novas tendências, tanto em termos tecnológicos, como 
no comportamento dos usuários.  
As características centrais da web 2.0 são resumidas por Kerres nas seguintes 
comparações: 
• Usuário versus autor. Enquanto na “web 1.0” o usuário era visto como 
recipiente de uma página, na “web 2.0” ele torna-se também autor, 
incluindo opiniões e conteúdos. Em vez de apenas ler, o usuário 
modifica e (re)cria conteúdos.  
• local x remoto: as fronteiras entre processamento/armazenamento local 
e remoto de dados deixam de existir. Os dados que antes eram 
gravados no computador pessoal agora migram para servidores remotos 
e podem ser acessados via navegador de internet a partir de qualquer 
lugar.  
• privado x público: o privado torna-se cada vez mais público. Arquivos, 
acontecimentos pessoais, agenda, lista de favoritos são compartilhados 
na rede e tornam-se acessíveis a outras pessoas. 

BIBLIOGRAFIA

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